A cirrose se desenvolve quando o tecido cicatricial começa a substituir as células saudáveis do tecido do fígado. A condição pode ser resultado de consumo excessivo de álcool ou drogas, ou hepatite B ou C. A última é contraída por relação sexual ou contato com sangue infectado. A infecção por hepatite C é a principal causa de cirrose hepática nos Estados Unidos. Quando o tecido cicatricial se acumula ao longo dos anos, o órgão fica duro e irregular, e isso gradualmente interfere na capacidade do fígado de funcionar. O fígado fica menos capaz de filtrar o sangue, o que pode causar rompimento dos vasos sanguíneos. Em alguns casos, o aumento do baço ou esplenomegalia pode ocorrer como complicação da cirrose hepática.
Fadiga
O fígado tem um papel único na limpeza do sangue e dos órgãos, e seu funcionamento adequado é vital para a saúde de todo o corpo. A fadiga é um dos sintomas mais comumente descritos por indivíduos com cirrose hepática, independentemente de a condição ser desenvolvida por consumo crônico de álcool ou hepatite C. A fadiga pode ser experimentada de forma intermitente ou constante e pode variar em intensidade de leve a debilitante.
Sangramento excessivo
O sangramento excessivo é um dos sintomas mais comuns da cirrose hepática avançada. Esse sangramento é resultado de baixos níveis de plaquetas. Na maioria das vezes, na cirrose hepática, a contagem de plaquetas é baixa não porque o corpo não produz o suficiente, mas porque as plaquetas estão presas no baço. Qualquer sangramento anormal requer atenção médica.
Vasos sanguíneos em forma de teia de aranha
Um dos sinais mais visíveis da cirrose hepática são veias ou vasos sanguíneos em forma de teia de aranha, que aparecem quando uma artéria cercada por vasos menores é afetada por danos no fígado. As veias de aranha também podem se desenvolver por outras razões, menos graves. Quando causadas por cirrose hepática, um aumento repentino do hormônio estradiol provoca a expansão dos vasos e os torna visíveis abaixo da pele. As veias de aranha são mais comuns em indivíduos com cirrose hepática relacionada ao álcool do que naqueles com cirrose causada por hepatite C ou B.
Ginecomastia
A ginecomastia é um termo científico para um aumento anormal no tamanho das mamas em homens, resultante de um grave desequilíbrio hormonal. Normalmente, a ginecomastia é um subproduto do aumento do estradiol. Isso faz com que a mama aumente e a testosterona diminua. A condição deve ser investigada e tratada pelo médico.
Hipogonadismo
O hipogonadismo é o resultado de um desequilíbrio hormonal, especificamente uma grave falta de hormônios sexuais. Pode ocorrer tanto em homens quanto em mulheres, mas é mais pronunciado nos homens. A condição faz com que os genitais diminuam e pode afetar negativamente a libido. Em alguns casos, leva a uma redução significativa das funções testiculares. O consumo de álcool afeta os níveis de testosterona, principalmente porque o álcool aumenta os níveis do hormônio do estresse cortisol, conhecido por diminuir a produção de testosterona. Quando relacionado à cirrose hepática, o hipogonadismo indica um estágio avançado.
Líquido no abdômen
Cerca de 80% dos indivíduos com cirrose hepática desenvolvem acúmulo de líquido no abdômen, uma condição chamada ascite. Esse sintoma causa expansão do abdômen e veias pronunciadas. Se não for tratado rapidamente, o líquido no abdômen pode causar danos aos órgãos e levar à morte.
Mau hálito
O hálito fétido sem alterações na higiene bucal pode indicar doença. No caso da cirrose hepática, o mau hálito ocorre devido a um aumento no dimetil sulfeto, uma substância que é liberada quando o fígado não funciona adequadamente. O dimetil sulfeto tem um cheiro muito distinto que difere do hálito matinal e sugere um estágio avançado da doença hepática.
Icterícia
A quebra das células vermelhas do sangue no corpo produz bilirrubina. Essa substância vai para o fígado e é eliminada nas fezes. Quando o fígado não funciona corretamente, como acontece na cirrose hepática, muita bilirrubina pode se acumular no fígado. Essa substância amarelada pode deixar a pele e o branco dos olhos amarelos quando em excesso. A bilirrubina presente em grandes quantidades indica que as toxinas não estão sendo eliminadas adequadamente, um alerta de que o corpo corre o risco de se intoxicar. A icterícia requer tratamento e mudanças no estilo de vida, que geralmente incluem a eliminação do consumo de álcool.
Urina escura
A bilirrubina também pode causar urina escura, um sintoma que pode ser mais imediatamente perceptível do que a pele levemente descolorida. Felizmente, a urina escura geralmente é um sinal de cirrose hepática e pode levar os médicos a investigar e diagnosticar mais rapidamente. A desidratação também pode tornar a urina mais escura do que o normal, então os médicos descartarão essa possibilidade antes de realizar exames hepáticos.
Fígado aumentado que diminui com o tempo
Inicialmente, a inflamação do fígado causará aumento do fígado. No entanto, conforme a doença progride e se transforma em cirrose, a quantidade de tecido cicatricial aumenta, fazendo com que o fígado diminua. O tecido cicatricial afeta o fluxo sanguíneo, causando mais danos e encolhimento do órgão.
